Uma mulher

Pois é...
Não que eu tenha saído por aí usando minissaia e me divertindo como louca.
Não.
Muito pelo contrário. Só saí nesse feriado porque tive que cantar (o que aliás, foi um desastre quase completo de minha parte hoje).
Fora isso,e comprar legumes, verduras, pão e frango assado, não saio.
E ainda assim, é como se eu sentisse que algo dentro de mim está mudando.
Mudando nesse aspecto. Quero sair, quero me divertir. Quero dançar! Quero viver!
Sinto minha vida se esvaindo pelos meus dedos e quero aproveitar cada segundo que me resta nesta vida para pura e simplesmente viver.
Me sinto cada vez mais como um ser muito complexo, assim como toda mulher.
Eu sou fraca e sou forte, eu sou uma pessoa triste, mas não sossego enquanto não vir todos ao meu redor felizes, sorrindo. Quero uma coisa e faço outra.
Amo um homem que nunca poderá ser algo além de uma profunda e sincera admiração, platônico, como esse amor deve ser.
E sinto, quero viver, quero amar, quero poder experimentar o que é ser amada, quero ousar, quero ser... uma mulher.

A Shania Twain vem porque fala um pouco isso. E porque eu conheci essa música quando comecei a deixar de ficar na fase linda e pueril para entrar no horrendo mundo adolescente. E hoje, já não pertenço mais a esse mundinho. É, eu cresci.
E agora, apesar de não parecer, sou uma mulher.
E só agora me sinto como uma.
(Só que por incrível que pareça, não precisei tingir meu cabelo, sair, usar roupas ousadas, fazer loucuras ou me divertir.)