quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Aos 21

Há exatos 365 dias eu fazia 20 anos.
E eu entrei em uma crise profunda da minha existência.
Duas décadas inteiras... e o que eu já havia alcançado nesta vida?
Vinte anos, os últimos cada dia mais difíceis e tristes.
Mal sabia eu a tempestade que se formava aos poucos, novamente, sobre minha casa...
E que esta seria bem pior que a primeira que havia se formado antes.
Aos vinte anos, eu frequentava um curso superior que eu detestava, tinha acabado de concluir meu curso de inglês (o que significa frequentar bem menos um lugar que eu adoro até hoje), minha avó já estava, assim como permanece, em um estágio relativamente mais avançado que o básico do Alzheimer, minha mãe não estava aposentada e todos os dias reclamava por conta disso, meu pai trabalhava e cada dia se esgotava mais um pouco, um sinal talvez que a gente deveria ter percebido antes.
Aos vinte anos eu mudei para uma universidade maravilhosa, passei em processos seletivos que me fizeram compreender e desenvolver coisas que em mim eu jamais imaginaria que poderia existir ou muito menos aprimorar. Aos vinte anos eu vivi uma experiência terrível na minha família e consegui conciliar, dentro do possível, com todas as atividades com as quais eu me comprometi.
Aos vinte anos eu conheci pessoas que marcaram minha vida e que ainda provavelmente vão marcar cada dia mais.
Aos vinte anos eu perdi pessoas que também deixaram suas marcas em meu coração. Algumas perdas relativamente grandes, eram pilares importantes, que eu conhecia desde que nasci, desde que era criança e também desde que percebi que somos eternos carentes esperando por pessoas que nos dêem atenção e carinho sempre.
Aos vinte anos eu consegui provar para mim mesma que um sonho impossível poderia ser realidade. Foi também aos vinte anos que eu decidi que insistir em sonhos impossíveis, é, por questão de lógica, algo que seria mais um fracasso para mim do que qualquer outro substantivo dessa qualidade.
Aos vinte anos eu voltei a dar aulas.
Aos vinte anos eu me tornei uma das coordenadoras do Processo Seletivo da AIESEC.
Aos vinte anos eu percebi muitas coisas acerca da existência, além de muitas resoluções terem entrado nos planos futuros.
Aos vinte anos eu resolvi que não deveria mais pedir nada a Deus, apenas que eu consiga, a cada dia que passa, ser uma pessoa melhor.
Aos vinte anos eu conheci Marx, Smith, Keynes, teorias, histórias, professores maravilhosos, oportunidades de crescimento, o reconhecimento do estudo, a vida de alguém que precisa acompanhar alguém que precisa de tratamentos, a dificuldade de alguém que quer se aposentar, e como uma terapia pode fazer falta.
Aos vinte anos eu comecei um blog. Conheci o twitter e o facebook e também aderia essas novidades.
Aos vinte anos eu até que fiz bastante coisa.
Ainda assim eu ainda sinto a sensação de que eu deveria ter feito muito mais coisas nessa minha vida do que as coisas que eu já fiz.
Por isso, que cheguem em bom tempo os meus 21 anos.
E que seja um tempo mais feliz, ou pelo menos sem tantos momentos tristes.

Um comentário:

Fernanda Gama disse...

EEEEEEEEEEEEEEEEEEEE
PARABÉNSSSSSS!!!!!

Quando você chegar aos 26, vai ver que 21 era uma idade linda!

Tudo de bom.

Beijão!!!!!