Das Escolhas

Eu escolhi algumas coisas na minha vida.
Não, não fui capaz de achar o ponto ótimo dentro da minha restrição orçamentária, de tempo e dentro das minhas curvas de preferências.
Algumas não foram exatamente escolhas. Algumas não foram exatamente minhas escolhas. (e com isso não entendam que essas escolhas tenham sido de todo impostas-coerção existe...- e de todo ruins)
Eu poderia ter outra vida agora, sim.
Menos corrida, menos responsável, menos carregada.... enfim.... uma vida mais.... jovem.
E eu, apesar de me achar uma velha caquética, tenho consciência de que, é, 20 anos não é ser tão velha assim.
Eu sei que não vivi diversas coisas que eu já estou um pouco velha agora pra viver, como também sei que muitas vezes percebo que já vivi coisas que pessoas da minha idade ainda não viveram, e se tiveram a possibilidade de escolher, escolheram não viver tais experiências (o que às vezes, é verdade, se torna a melhor escolha).
E cada escolha tem em si um trade-off.
E cada trade-off tem um valor. (não vou aqui falar nem sobre Smith ou Marx, não se preocupem, pelo menos não hoje...=P)
Trade-offs meio caros, meio radicais, meio estranhos e meio definitivos demais.
E assim, optando por as escolhas que eu achei que seriam melhores, devido às melhores ou menos piores consequencias de cada escolha, pago meus trade-offs caríssimos deixando esta vida cada dia mais quadrada, mais metódica e mais cansativa.
E apesar de tudo isso, não tenho vontade de fazer outra escolha.
Ainda acho que foram as melhores escolhas.
Por isso tento não me arrepender.
Se arrepender é um sentimento um tanto corrosivo.
Pode fazer mal.
E mais uma vez, vou fazer uma escolha: viver sem me arrepender.
Você também não acha que está na hora de fazer essa escolha?
Carpe