Quando eu estava na primeira série, eu tinha uma professora muito legal, bacana, e que sempre propunha atividades que nos fizessem pensar, além de desenvolver a coordenação motora com os desenhos das mesmas atividades e quando as pintávamos logo depois.
O único problema era que eu normalmente era uma anormalidade da classe (afinal, quem é que pode imaginar minha frustração quando escrevi meu nome ao contrário e descobri que ele estava do mesmo jeito de antes. E sim, foi frustrante perceber aquilo daquela foram.)
Em uma das atividades, então, a professora, (que já tinha algum tempo livre na sala, uma vez que os conteúdos estavam dados e já chegávamos perto da época do fim do ano, o natal já estava a caminho e sendo comentado e com os enfeites dando seu ar da graça) mandou seus alunos pensarem sobre o que eles mais queriam.
E lá fui eu ser a anormal da classe de novo.
Alguns queriam carrinhos, outras, bonecas.
E o que eu mais queria era uma coisa simples, mas que eu não conseguia colocar no papel.
Eu queria ser feliz.
Fui falar com a professora e ela simplesmente me olhou, um olhar terno, daqueles que só as professoras de criancinhas podem dar aos alunos confusos e anormais.
Desde aquele dia, eu percebi que tudo que eu mais fosse querer, sempre, por toda minha vida, na verdade, nunca seria possível de alcançar.
E desde então surgiu o problema de que eu nunca, na realidade de minha existência, poderia entender isso.
E eu nem estou falando em aceitar....
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