quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

A discriminação dos gripados



Há algum tempo atrás, aqueles que se enveredaram para o rock poderiam ser considerados más companhias....
(sim, eu falo dos anos 60, 70)
Naquela época a sociedade era extremamente diferente do que é hoje. (digamos que basicamente, o pessoal ainda não achava apropriado passar na televisão cantores rebolando...e olha que eles estavam de terno...)
Enfim, uma doença bem contagiosa como foi a explosão do Rock, vários jovens pegaram tal pnemonia e uma gripe que poderia acompanhar, a do "Boogie Woogie" hehehehe
O rock, hoje em dia, tem outra vertente, outro desenho, outra linha melódica. É claro que agora estão desenterrando esses aspectos e aplicando-os de novo, afinal, é ponto pacífico que tiveram sucesso. E muitos escutam até hoje.
Eu não vivi na época em que se assistia o Elvis Presley só da cintura pra cima. Nem na época em que os Beatles conseguiram alcançar vendas jamais imaginadas de discos.
Não vi a era dos hippies surgir e nem a peça Hair, um escândalo público.
Vivo nesta era digital, onde para obter um livro você se conecta à internet e basta ter um programa como o e-mule ou utorrent (lê-se mitorrent) para achá-lo.
Vivo numa correria tremenda e mal tenho tempo de falar com meus amigos pelo telefone. Tenho de dar graças a deus se os encontro no MSN.
Vivo num mundo globalizado (acredite quem quiser, se quiser), cheio de bandas e cantores de pagode, axé, funk e derivados e de repente quando alguém me chama de velha, ainda assim, é como se me dessem um tapa na cara.
Por gostar de músicas antigas (meu repertório é cada vez mais extenso quanto mais se aproximar do início do século XX), alguns já me consideram "idosa".
Não acho que não exista boa música nos dias atuais. Eu até escuto algumas de vez em quando, não sou tão "ET" assim. Mas acho engraçado que critiquem minhas escolhas musicais, uma vez que a melodia é agradável e as letras são invariavelmente bonitinhas e com nexo e continuidade.
Hoje então sinto uma discriminação parecida com aquela vivida pelos mesmos apreciadores deste tipo de música, mas desta vez, das pessoas da mesma idade que eu.
E ainda assim, todo mundo dança "Biquini de bolinha amarelinha" e "YMCA" nas festas de casamento...
Vai entender...

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